terça-feira, 6 de outubro de 2009

Analfabetismo caiu de 33% para 10% no país

Apesar dos avanços que vem acontecendo na área de educação, mas apesar dos avanços um em cada dez brasileiros com mais de 15 anos é analfabeto. É uma taxa de analfabetismo de 10% que soma no país 14,1% de jovens e adultos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilios (PNAD) 2007. Em 1970, 33,6% desta parcela da população não sabiam ler nem escrever.

Fonte:
O Globo

Analfabetismo causas e consequências

O processo de alfabetização é prazeroso para alguns professores e também um desafio. Trabalhei durante dois anos com turma de jovens e adultos, em um povoado de Tapiramutá, durante este periodo pude perceber que a maioria tinha vergonha de ir a escola devido a idade que para eles era avançada muitos chegavam a dizer: "E gente velho lá aprende nada", faixa etária entre 19 e 39 anos,a maioria não frequentaram a escola quando crianças, pois tinham que ajudar seus pais na escola. Os mais jovens chegavam a comentar que tinham vergonha de levar as namoradas para lanchonetes ou restaurantes porque ao chegarem nestes ambientes o garçom oferecia o cardápio e eles não sabiam ler. A cada depoimento de meus alunos percebia que a baixa auto-estima era mais uma consequência do analfabetismo, e para sanar o problema da não leitura a maioria dos jovens no mês de junho( mês onde acontece a festa
São Pedro de Tapiramutá), vão trabalhar nas lavouras de café para comprar roupas,sapatos e bebidas e acabam abandonando a escola. Apesar dos esforços do governo para trazer e manter essas pessoas nas escolas com vários projetos para acabar com o anlfabetismo, penso que acabam criando outro problema o analfabeto funcional. O governo deve sim continuar trazendo projetos, mas também deve qualificar o profissional, não basta dar uma sala de aula e não dar suporte para que realmente estas aulas aconteçam, material didático regrado, coordenadores pedagogicos sem o menor preparo para orientar professores de jovens e adultos.
Então não basta publicar que o indice de analfabetismo está em baixa quando estamos criando um problema maior que é o
analfabeto funcional.

2 comentários:

iza disse...

Oi Taíse eu também conheço essa realidade de trabalhar com jovens e adultos.É muito difícil segurar esses alunos na sala, por mais que eles tenham força de vontade a necessidade fala mais alto, educação é bom mais sobreviver é essencial, eles precisam trabalhar para sobreviverem.Então além do programa de alfabetização, o governo deveria investir em programas que deêm a esses jovens e adultos condições tabém de sobrevivência.Mas o que percebo é que esse programa é simpliesmente marketing,eles não estão preocupados se o aluno vai aprender ou não,querem mesmo é fazer de conta,fazer de conta até mesmo que a taxa de analfabetismo diminui.
O investimento é muito pouco em capacitação de professores, até mesmo para receber a bolsa de R$200,00,é um atraso só.

Anjos disse...

Apesar de ocupar a sexta posição entre os estados brasileiros no ranking nscional da economia, é na Bahia onde se registra o maior contigente absoluto de analfabetismo do país, segundo o IBGE(2005), 18,8% da população do estado, com 15 ou mais, se encontra não-alfabetizadas.
Aqui em Tapiramutá não é diferente. Um dos grandes desafios da Educação no município a vencer é o contigente de analfabetos que é de 33,2% ou 3.387 com 15 anos aou mais de idade (fonte IBGE). Numa população de 17.000 mil habitantes em média, é gritante.